

LEDs coloridos ao redor das lentes apontam o caminho; rota tem de ser carregada antes no PC
As especificações do protótipo, que foi revelado na exposição Wireless Japan 2010, no mês passado, oferecem uma visão de como os sistemas futuros de navegação GPS poderão funcionar.
Os óculos, conhecidos como “Wearable Personal Navigation System”, trazem uma bateria, um microcomputador, um sensor direcional magnético e um punhado de luzes LED.
Para fazer os óculos funcionarem e orientarem a direção, você precisaria fornecer seu destino usando um computador. Uma vez que a rota tiver sido calculada,ela será enviada para os óculos.
Os óculos têm LEDs integrados, posicionados de forma circular ao redor da armação. Os LEDs, que são visíveis dentro do campo de visão periférica do usuário, mudarão de cor e posição para mostrar a direção na qual o usuário deveria caminhar.
Os engenheiros responsáveis pelos óculos no Laboratório Nakajima da Universidade de Eletrocomunicações explicaram que os sistemas de navegação disponíveis hoje têm alguns problemas que este protótipo procura resolver.
Os aparelhos GPS atuais – como smartphones – exigem que você olhe para o display enquanto anda, em vez de prestar atenção no caminho. Com os óculos, você seria capaz de olhar para a frente sem perder as informações de direção.
Com um pouco mais de desenvolvimento e um design melhorado (quem sabe em óculos de sol?), este produto sem dúvida teria seu lugar na coleção de qualquer geek.


Vitor Pamplona, doutorando da UFRGS, e Manuel Menezes de Oliveira Neto, professor do INF, trabalharam na ideia que foi premiada no MIT. O projeto permite o diagnóstico à distância de problemas de visão relacionados à refração da luz, como miopia, astigmatismo e hipermetropia, revelou um dos trunfos da carreira de quem segue a Ciência da Computação: a versatilidade. Da medicina à arquitetura, onde houver computadores, (ou qualquer dispositivo programável, como um IPad), a carreira estará presente.
– Nesse ponto, a computação se encaixa em qualquer área. Eu e o Vitor Pamplona, por exemplo, temos explorado trabalhos relacionados ao olho humano, à visão. Esse histórico foi fundamental – conta o professor Manuel Menezes de Oliveira Neto, um dos autores da pesquisa.
O grupo (Oliveira Neto, Vitor Pamplona e os pesquisadores americanos Ramesh Raskar e Ankit Mohan, do MIT Media Lab) propôs uma nova forma de fazer exames de visão acrescentando à tela de um celular um dispositivo que custa entre US$ 1 e US$ 2. Eles foram agraciados com um prêmio na competição Ideas, do MIT, e foram citados no discurso proferido pela presidente do MIT, Susan Hockfield, durante a cerimônia de formatura realizada em junho.
– Imagine todo o equipamento tradicional usado para o exame que detecta problemas de refração. Em muitos locais da África e da Índia se torna caríssimo. Nosso projeto pode facilitar muito isso nessas regiões – conta Pamplona, formado em Ciência da Computação pela Universidade de Blumenau (Furb) e doutorando na UFRGS, com estágio sanduíche no MIT.
Aos 26 anos, voltará em breve para o Brasil. A meta é retomar os estudos nos EUA.
– Em projetos como esse, é instigante o contato que temos com profissionais de diversas áreas. Tivemos consultoria de médicos oftalmologistas, por exemplo. Eles serão os profissionais que, a partir do resultado do exame, darão a receita ao paciente – avisa Pamplona.
Que equipamento é esse |
- A ideia é acoplar um dispositivo de plástico sobre a tela de um celular que executa um software desenvolvido pelo grupo para exames de visão. |
- O novo sistema calcula a prescrição necessária para corrigir problemas como miopia, hipermetropia e astigmatismo. |
- Ele poderá substituir os grandes e caros equipamentos hoje utilizados. |
- Vem como alternativa para países onde há carência de oftalmologistas e nem sempre se pode arcar com os custos convencionais. |
- Será patenteado, e o grupo fará estudos para testar o produto em Boston (EUA), partes da África e da Ásia. |
- A equipe apresentará o artigo no ACM SIGGRAPH, a mais conceituada conferência em computação gráfica, que acontecerá no final de julho em Los Angeles (EUA). |



http://www.gizmodo.com.br/conteudo/soldado-cego-volta-enxergar...-pela-lingua

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O equipamento é uma ferramenta de negócios que poderá ajudar vendedores que terão informações sobre um cliente transmitidas diretamente para seu olho durante uma conversa.
A companhia de tecnologia japonesa NEC criou um aparelho acoplável à cabeça que faz traduções com legendas.
O aparelho, semelhante a óculos sem lentes, usa um minúsculo projetor para formar as imagens diretamente na retina do usuário.
A NEC afirmou que planeja para o futuro uma versão que usará tradução em tempo real, para fornecer legendas para uma conversa entre duas pessoas que não falam o mesmo idioma.
Ferramenta de negócios
O aparelho, chamado Tele Scouter, visa atender vendedores ou funcionários de empresas que precisam lidar com questões de clientes em outro idioma.
De acordo com a NEC, o Tele Scouter é uma ferramenta de negócios que também poderá ajudar vendedores que terão informações sobre o histórico de compras de um cliente, transmitidas diretamente para seu olho durante uma conversa.
Para o uso em traduções, a empresa afirma que será usado um microfone, acoplado ao aparelho, para captar as vozes das duas pessoas que participam da conversa. Estas vozes são passadas para um programa de tradução e sistemas de reconhecimento de voz e geração do texto correspondente, localizado em um servidor. Em seguida, a tradução é enviada de volta para o aparelho.
Conversas confidenciais
Enquanto um usuário ouve a tradução, ele também terá o texto em legendas, transmitido para a retina.
"Você pode manter o fluxo da conversa", disse o porta-voz da NEC Takayuki Omino, à agência de notícias AFP durante uma feira em Tóquio, onde o aparelho foi mostrado pela primeira vez.
Omino afirmou que o sistema também poderá ser usado para conversas confidenciais que seriam comprometidas pelo envolvimento de um tradutor humano.
Sem tradutor
A NEC pretende lançar o Tele Scouter no Japão em Novembro de 2010, mas inicialmente o aparelho não terá a função de tradução, funcionando apenas como fornecedor de informações em tempo real.
Uma versão que poderá fornecer legendas deve ser lançada em 2011, segundo a companhia.
De fato, o equipamento parece ser uma ferramenta de negócios, voltada para empresas - um jogo com 30 aparelhos custará cerca de 7,5 milhões de ienes (quase R$ 143 mil). O custo não inclui o preço das ferramentas e programas de tradução.
Próteses eletrônicas de retina
Pessoas cegas ou com sérios problemas visuais, sofrendo de condições degenerativas da retina, sentir-se-iam muito felizes se fossem capazes de reconquistar a mobilidade, andar sem auxílio, serem capazes de levar uma vida independente, reconhecer faces e ler novamente.
Esses desejos estão documentados em uma pesquisa feita na Europa há cerca de 10 anos. O objetivo da pesquisa era descobrir o que os pacientes esperavam do desenvolvimento das próteses eletrônicas de retina.
Hoje esses desejos parecem estar se tornando realidade, de acordo com uma série de apresentações feitas no simpósio internacional Visão Artificial, que aconteceu na semana passada em Bonn, na Alemanha.
Alta tecnologia para as pessoas
Os cientistas estão trabalhando no desenvolvimento de próteses para a retina há mais de 20 anos. As pesquisas têm sido conduzidas de forma particularmente intensivas na Alemanha, onde pacientes e cientistas têm trabalhado em conjunto para conseguir financiamentos governamentais para as pesquisas.
"Não queríamos alta tecnologia apenas para os programas espaciais e militares; finalmente estamos tendo alta tecnologia também para as pessoas," disse o professor Rolf Eckmiller, um especialista em neuroinformática da Universidade de Bonn e um dos pioneiros nesse campo.
Os investimentos e os esforços agora estão dando resultado: três dos quatro grupos que apresentaram progressos durante o evento são da Alemanha, que lidera claramente as pesquisas na área.

Reta final
Como as apresentações demonstraram, todas as próteses de retina já permitem impressões visuais, os assim chamados fosfenos. Pacientes que participaram de um estudo nos Estados Unidos foram capazes de distinguir claro e escuro, registrar o movimento e a presença de objetos grandes.
Além disso, relatos anteriores de um projeto que está sendo conduzido por um grupo de pesquisa liderada pelo professor Eberhart Zrenner, na Universidade de Tübingen, indicam que o reestabelecimento das habilidades visuais dos pacientes deficientes para a leitura não é apenas um sonho. Alguns pacientes já são capazes de ler letras se estas possuírem oito centímetros de altura.
"Estamos na reta final", explica o professor Peter Walter, diretor científico do simpósio. "Os estudos finais antes do lançamento no mercado já começaram ou estão com data marcada para começar," disse ele.
Esses testes têm como objetivo avaliar a longo prazo a tolerância do organismo humano aos implantes de retina e seus benefícios na vida cotidiana. Os pesquisadores esperam que os implantes sejam aprovados para uso médico em 2011.
Voltar a enxergar
Naturalmente, há um grande interesse dos pacientes nos novos produtos. "Em comparação com estudos realizados há dez anos, os pacientes têm uma ideia muito mais clara do que esperar das próteses de retina ", diz Helma Gusseck, coordenadora da Fundação de Implantes de Retina.
Gusseck, que também coordena a Fundação Pró-Retinas, sofre de retinite pigmentosa, uma condição degenerativa da retina que agora só a permite distinguir entre claro e escuro.
Para ela, os resultados da pesquisa são um alívio: "Você pode, por assim dizer, não se preocupar por estar cega, sabendo que em breve o sistema de transplantes estará pronto, e nós teremos uma opção".
Tipos de próteses da retina
E isto é apenas o começo. "O que estamos vendo são diferentes opções a seguir", diz Peter Walter.
Em um dos sistemas - o Implante Sub-Retinal - o chip é implantado sob uma camada de células nervosas da retina. Lá, da mesma forma que os fotorreceptores da retina, o chip recebe os impulsos de luz, convertendo-os em sinais elétricos e transmitindo-os para as células nervosas da retina.

A prótese de retina desenvolvida pela equipe do professor Zrenner em Tübingen e da equipe dos Estados Unidos, liderada por Joe Rizzo e Shawn Kelly, do Boston Implant Project, em Cambridge, Massachusetts, funcionam seguindo os mesmos princípios.
No caso do chamado Implante Epirretinal, o chip é fixado na porção superior das células nervosas. Lá, ele recebe dados de uma pequena câmera instalada nos óculos do paciente e os converte em impulsos para as células nervosas.
Este é o princípio utilizado por outras duas equipes de pesquisa alemãs para a construção de suas próteses de retina. Um dos sistemas (IRIS) foi desenvolvido pela empresa Bonn IMI, a outra (EPIRET3) por um consórcio de pesquisa que inclui cientistas da RWTH Aachen, do Instituto de Sistemas e Circuitos Microeletrônicos e médicos da Clínica de Olhos da Universidade de Aachen, liderada por Peter Walter.
Implantes oculares do futuro
Juntamente com todos estes sistemas, que diferem entre si de diversas formas, a próxima geração de próteses de retina já está sendo preparada em diversos laboratórios ao redor do mundo.
Engenheiros, especialistas em ciência da computação, biólogos e médicos estão reunindo seus conhecimentos para desenvolver novas estratégias para a ligação de dispositivos eletrônicos ao sistema nervoso.
Equipes de pesquisa na Suíça e no Japão, por exemplo, estão desenvolvendo métodos onde o chip não é mais implantado, permanecendo na derme que protege o olho. Apenas os eletrodos que estimulam as células nervosas da retina são inseridos no interior do olho, por meio de pequenas incisões.
Pesquisadores chineses estão desenvolvendo implantes que estimulam diretamente os nervos ópticos, em vez das células da retina.
E uma equipe norte-americana está tentando estimular o córtex visual diretamente no cérebro. No momento não se sabe quando esses sistemas estarão prontos para testes em pacientes, e mesmo se isso irá ocorrer. Até o momento, todos continuam em fase experimental.

Melodia visual
Foram mostrados projetos muito interessantes de utilização de outros sinais de comunicação entre as células nervosas. Cientistas australianos e norte-americanos estão trabalhando em próteses de retina que produzem impulsos bioquímicos, em vez de impulsos elétricos.
A ideia é que a prótese de retina libere neurotransmissores seguindo padrões controlados espacial e temporalmente, e desta forma estimulem as células nervosas.
A questão que permanece é se as próteses de retina serão de fato capazes de registrar formas, como Rolf Eckmiller espera. "Para fazer isso vamos precisar de uma prótese que seja capaz de entender e produzir um tipo de padrão de impulsos, uma "melodia", que possa ser reconhecida pelo cérebro como uma forma específica, um copo, por exemplo."
Eckmiller está convencido de que o complexo sistema de visão central - que ocupa um terço do córtex cerebral - só consegue registrar uma forma se a "melodia" certa for transmitida por um número suficientemente grande de células.



Remédios nos olhos
Pingar colírios várias vezes ao dia pode ser uma tarefa difícil para os pacientes. Mas o maior problema é que, devido ao piscar e às lágrimas, apenas entre 1 e 7 por cento do medicamento é realmente absorvido pelo olho.
Agora, o grupo do Dr. Daniel Kohane e seus colegas do MIT (EUA) desenvolveu uma lente de contato especial capaz de liberar o medicamento nos olhos aos poucos, em uma quantidade constante, precisa e ajustável.
Lentes de contato que liberam remédios
Embora outros pesquisadores já tenham desenvolvido lentes de contato que liberam medicamentos, nenhuma delas consegue manter a liberação do medicamento de forma precisa e constante.
Geralmente, as lentes de contato começam liberando uma quantidade grande nas primeiras horas, acima do recomendado, e que vai decaindo rapidamente, ficando abaixo da dose prescrita. Esse problema agora foi sanado.
A nova lente de contato é composta por duas camadas ensanduichando um polímero absorvente e biodegradável que contém o medicamento. Os materiais usados na fabricação tanto das duas camadas externas da lente quanto da camada intermediária já foram testados e aprovados para uso ocular pelo órgão norte-americana de saúde, a FDA (Food and Drug Administration).
Lente de contato de uso contínuo
Nos testes de laboratório, o protótipo liberou um antibiótico normalmente receitado na forma de colírio - a ciprofloxacina - durante 30 dias, o maior período atualmente aprovado pelas autoridades de saúde para uso contínuo de lentes de contato.
Em testes em animais, as lentes liberaram o medicamento continuamente por até 100 dias. As quantidades liberadas foram suficientes para matar o patógenos em ensaios de laboratório.
Os pesquisadores veem aplicações para as novas lentes de contato dispensadoras de medicamentos em condições como glaucoma e olhos secos, que exigem a aplicação diária de colírios.
Para melhorar as condições de quem opta por um transporte mais "ecologicamente correto" como a bicicleta, o designer Billy May criou, para a Nike, um óculos para deixar os ciclistas com uma super visão.
O equipamento funciona expandindo a visão periférica de quem o usa, aumentando o a área de visão em 25º de cada lado.
Apelidado de Nike Hindsight, o óculos tem a ideia de detectar perigos onde a visão humana não pode chegar. O produto ainda é um protótipo, será que vai chegar a ser vendido nas lojas?
http://www.techguru.com.br/nike+desenvolve+oculos+de+super+visao+para+ciclistas.htm

Processador de múltiplos núcleos
O novo chip foi batizado de AsAP - Asynchronous Array of Simple Processors, conjunto assíncrono de processadores simples. Com nada menos do que 167 núcleos, o novo processador funcionou sem nenhum travamento, segundo os pesquisadores.
Como ele foi construído com a mesma tecnologia atualmente utilizada pela indústria eletrônica, o projeto poderá ser facilmente levado do laboratório para a indústria.
O processador de múltiplos núcleos foi projetado para ser utilizado no processamento de sinais digitais (DSP), com aplicações desde telefones celulares, tocadores de MP3 e equipamentos de vídeo, até equipamentos médicos de ultrassom, ressonância magnética e na criação de uma nova geração de implantes biônicos.
75 vezes menos energia
A frequência (clock) máxima de funcionamento do chip foi de 1,2 GHz, mas ele pode funcionar num ritmo menor, o que reduz dramaticamente seu consumo de energia. Vinte desses chips funcionando juntos podem efetuar meio trilhão de operações de ponto flutuante por segundo usando apenas 7 watts de energia.
"Um chip desses alimentado por uma bateria poderá funcionar até 75 vezes mais do que os chips de processamento digital disponíveis comercialmente," diz o engenheiro Bevan Baas, coordenador da equipe que projetou o novo chip.
Ainda em comparação com os DSPs atuais, o chip de 167 núcleos pode alcançar uma velocidade até 10 vezes maior, mesmo tendo apenas uma fração do tamanho. Construído com tecnologia de 65 nanômetros, o chip é um quadrado com cerca de 6 milímetros de lado.
Olhos e ouvidos biônicos
Para aplicações que requeiram menor poder de processamento, o chip poderá se tornar ainda menor. Isto permitirá seu uso no desenvolvimento de implantes para os olhos e os ouvidos, criando próteses impossíveis de serem fabricadas hoje.
Atualmente, os implantes para a retina ainda são grandes ou exigem a alimentação externa, tornando seu uso corrente quase impraticável. A captura e o processamento de imagens é justamente o elemento forte de um chip DSP como o AsAP.
Além disso, as possibilidades de sua miniaturização não foram esgotadas, uma vez que a indústria de semicondutores já está com data marcada para começar a fabricar processadores com tecnologia de 28 nanômetros.
Sobre o estágio atual dos implantes biônicos, veja Minitelescópio implantável no olho ajuda pacientes com problemas de visão e Amplificador visual é nova alternativa para olho biônico.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=processador-com-167-nucleos-olhos-bionicos&id=010110090427&ebol=sim

Medindo 4 milímetros de espessura e com ampliações de 2x ou 3x, o minitelescópio, em conjunto com a córnea, funciona como se fosse o sistema de zoom de uma câmera fotográfica.
Olho com zoom automático
A novidade foi divulgada na semana passada pela VisionCare, depois que a empresa recebeu autorização para fazer os primeiros testes em pacientes humanos. No decorrer do teste, o novo implante ocular será avaliado pelas autoridades de saúde dos Estados Unidos, que poderá liberar ou não sua comercialização, dependendo dos resultados. Não há prazo previsto para esta etapa.
O sistema de zoom óptico permite que a imagem no centro do campo visual seja dirigido para áreas saudáveis da retina central e periférica, evitando a área central do olho, que fica danificada nas pessoas acometidas por degeneração macular.
Só em um olho
Segundo a empresa, o implante do minitelescópio ajuda a reduzir o ponto cego no centro do campo de visão dos pacientes, melhorando sua capacidade de reconhecer imagens que são difíceis ou até mesmo impossíveis de serem visualizadas sem o aparelho.
O implante ocular do minitelescópio é feito por meio de uma cirurgia simples, do tipo ambulatorial. O equipamento foi projetado para ser instalado em apenas um dos olhos, garantindo a visão central. Enquanto isso, o outro olho fornece à pessoa a visão periférica, necessária para sua locomoção normal.

Quando a pesquisa da professora Goldring começou, o primeiro protótipo construído era gigantesco e custava US$100.000,00 para ser construído. A versão atual, ainda em escala de laboratório, é bem menor e custou US$4.000,00. "Nós podemos fabricar uma por menos de US$500,00," diz a pesquisadora, referindo-se a uma eventual fabricação em escala industrial.
Máquina de ver para cegos
A "máquina de ver" é uma adaptação de um oftalmoscópio de varredura a laser, um equipamento médico que utiliza um raio laser extremamente delicado para detectar células sadias na retina.
A idéia do desenvolvimento veio quando a Dra. Goldring, completamente cega em razão de uma hemorragia ocular, começou a fazer os seus tratamentos em busca da recuperação de sua visão.
Com a colaboração do Dr. Rob Webb, inventor do oftalmoscópio de varredura a laser, foi possível substituir o laser do aparelho médico por um LED, outra fonte emissora de luz, só que muito mais barata.
Todas as demais peças do aparelho também são do tipo "encontrados em prateleiras", ou seja, fabricados para outros aparelhos e adaptados para o novo equipamento. Foi esse enfoque que permitiu fabricar a máquina de ver de baixo custo.
Focalização da imagem
O equipamento é montado sobre um tripé e pode ser conectado a uma câmera digital, a um computador ou a qualquer outro equipamento. A imagem capturada pelo sensor da câmera é enviada para uma tela de cristal líquido (LCD) iluminada por LEDs.
As informações visuais são então focadas em um único ponto que é enviado para o interior do olho. "Não se trata de ampliação, como em uma lente de aumento. O que acontece aqui é a focalização de todos os dados da imagem em um único ponto,"' explica Quinn Smithwick, outro pesquisador do grupo.
Agora a equipe planeja testar o equipamento com outras pessoas que tenham o mesmo tipo de deficiência visual, ou seja, que, embora sendo cegas, possuam algumas células sadias na retina, onde a imagem possa ser focalizada. Os testes serão feitos no Instituto de Olhos Beetham, em Boston.
FONTE: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=maquina-de-ver-para-cegos&id=010110090115&ebol=sim