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Biossensor
Cientistas coreanos desenvolveram um LED biocompatível que poderá ser implantado no corpo humano.
O LED flexível funciona como um biossensor, podendo ser usado para monitorar o coração, os vasos sanguíneos ou mesmo tratar diversos tipos de doenças.
Apesar de ainda não ter sido testado em seres humanos, o professor Keon Jae Lee, do Instituto KAIST, afirma ter usado seu LED flexível para detectar células do câncer de próstata em meio de cultura.

LED flexível poderá ser implantado no corpo para detectar doenças

O LED flexível e biocompatível já foi testado para detectar o antígeno PSA, indicador do câncer de próstata.[Imagem: KAIST]
 

LED flexível
O LED é feito com nitreto de gálio (GaN), sendo essencialmente do mesmo tipo dos LEDs usados em TVs e telas de computador.
Até agora, vinha sendo complicado tornar esses LEDs flexíveis porque o GaN é um material muito quebradiço.
A solução começou a surgir quando o professor Lee se envolveu em uma pesquisa para o desenvolvimento de nanogeradores, que exigem circuitos flexíveis para se adaptarem ao corpo humano e capturar as vibrações do andar ou do falar, por exemplo.

Usos biomédicos
O pesquisador usou um processo similar ao usado no nanogerador para transferir filmes finos de nitreto de gálio para substratos plásticos flexíveis.
A seguir, o material, já um LED pronto, capaz de emitir luz, foi recoberto com um material biocompatível.
Os testes de implante e funcionamento do LED no interior de tecidos biológicos foram simulados em meio aquoso em laboratório, comprovando que o novo biossensor pode se tornar um aliado importante na medicina, seja como sensor, para diagnosticar doenças, seja como gerador de luz, por exemplo, para liberar medicamentos em locais e horários pré-determinados.
Os cientistas citam, entre os possíveis usos dos LEDs implantáveis, a detecção de hemoglobina, gordura corporal, PSA (antígeno prostático específico) e colesterol, além de servir em terapias como esterilização, homeostase da pele e iluminação cirúrgica.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=led-flexivel-implantado-detectar-doencas&id=010110111018&ebol=sim

O cérebro fala
Controlar um cursor na tela de um computador usando apenas a mente não é nenhuma novidade.
Mas, pela primeira vez, cientistas usaram os chamados implantes neurais para que pacientes pudessem "falar" diretamente com o computador.
As interfaces cérebro-computador normalmente usam implantes colocados no córtex motor - os pacientes movem o cursor pensando em mover um braço ou uma perna, por exemplo.
Agora, os pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, mostraram que é possível controlar o computador quando a pessoa fala ou apenas pensa em um som específico.
Implante neural faz cérebro falar com computador


O implante neural "sintoniza" o cérebro e identifica as frequências que ele emite quando a pessoa está falando ou pensando em fonemas e palavras. [Imagem: WUSTL]
Fala cerebral
Os pacientes podem aprender a mover o braço de determinada forma que o computador entenda como significando "Olá", por exemplo.
Mas tudo se torna muito mais fácil se a pessoa simplesmente disser "Olá" usando o mesmo circuito neural que ela usava para falar e o computador entender isso como um "Olá".
Segundo os cientistas, usar o córtex motor faz sentido quando se está pensando em pacientes que perderam a mobilidade, mas é pouco eficiente no caso de pacientes que perderam a capacidade de se comunicar.
"Há muitos usos para esta tecnologia, incluindo o desenvolvimento de técnicas para restaurar a comunicação de pacientes que perderam a fala devido a danos cerebrais ou danos às suas cordas vocais," diz Eric C. Leuthardt, um dos autores da pesquisa.
Rádio da fala
Os chips neurais foram implantados na superfície do cérebro de pessoas com epilepsia para rastrear a fonte dos disparos neuronais que causam as crises.
Mas Leuthardt e seus colegas recentemente descobriram que esses implantes podem ser usados para sintonizar as diferentes frequências que o cérebro emite.
Agora eles ampliaram o alcance da técnica, usando o implante neural para "sintonizar" o cérebro e identificar as frequências que ele emite quando a pessoa está falando ou pensando em fonemas e palavras.
Depois de identificados os padrões de ondas cerebrais que representam diversos sons, os cientistas programaram a interface para reconhecê-los.
Falando com o computador
Os pacientes aprenderam rapidamente a controlar o cursor na tela do computador pensando ou falando o som apropriado.
No futuro, as interfaces poderão ser ajustadas para ouvir apenas a rede neural da fala ou simultaneamente as redes motora e da fala, afirma Leuthardt.
Por exemplo, um paciente com deficiência poderá usar sua região motora para controlar o movimento do cursor no computador e imaginar o som "click" quando desejar selecionar um determinado item na tela.
Fonte:

Engenheiros europeus desenvolveram um novo tipo de implante estimulador muscular que permite que pessoas com paraplegia exercitem os músculos dos membros paralisados.
O implante contém um microchip que envia os impulsos nervosos que acionam os músculos.
É a primeira vez que os pesquisadores conseguem desenvolver um dispositivo deste tipo que é pequeno o suficiente para ser implantado no canal espinhal.
Além disso, o implante incorpora todos os elementos necessários em um único invólucro, incluindo o chip estimulador e os eletrodos. O implante é minúsculo, do tamanho de uma unha de criança.
Ciclismo e remo
O projeto está sendo coordenado pelo professor Andreas Demosthenous, da Universidade College London, na Inglaterra. Participam ainda engenheiros da Universidade de Freiburg, na Alemanha, e do Instituto Tyndall, na Irlanda.
Implante espinhal permite exercitar membros paralisados 
"Nosso trabalho tem o potencial de estimular mais grupos musculares do que é atualmente possível com as tecnologias existentes porque vários desses dispositivos podem ser implantados no canal espinhal", diz o professor Demosthenous.
"A estimulação de um maior número de grupos musculares significa que os usuários poderão executar movimentos suficientes para realizar exercícios controlados, tais como o ciclismo ou o remo," explica o pesquisador.


Os implantes estimuladores musculares também poderão ser usados em uma ampla gama de funções reparadoras, como estimular os músculos da bexiga para ajudar a superar a incontinência urinária e estimular os nervos para melhorar a capacidade do intestino e eliminar espasmos.
Livro ativo
A equipe teve de superar várias limitações dos desenvolvimentos anteriores para conseguir enfiar todo o aparato dentro uma unidade miniaturizada.
A mais recente tecnologia de processamento a laser foi usada para cortar os minúsculos eletrodos de uma folha de platina.
A seguir, esses eletrodos são dobrados em um formato 3D, deixando-os parecidos com um livro - daí o nome do novo implante Active Book, ou livro ativo, em tradução livre.
As "páginas do livro" fecham-se ao redor das raízes nervosas. Elas são unidas por microssoldagem a um chip de silício, que é hermeticamente fechado para evitar a penetração de água, o que poderia levar à corrosão do sistema eletrônico.
Os primeiros testes do novo implante em pacientes começarão em 2011.


Segundo cientistas, um rim artificial, alimentado pelo sistema circulatório, pode ser o primeiro dispositivo implantável que irá substituir a doação de rim e a diálise. O protótipo foi criado por uma reunião de 10 equipes de pesquisadores, e eles disseram que o produto já se mostrou uma promessa para pacientes doentes.
Atualmente, a única opção de tratamento para pessoas com falhas no funcionamento dos rins são transplante e diálise. Um dispositivo implantável seria preferível, mas até agora os cientistas não tinham conseguido desenvolver um aparelho que realizasse todas as funções do rim.
Os investigadores querem utilizar os mesmos processos de fabricação dos chips de silício para desenvolver o aparelho, para que ele fique do tamanho de uma xícara de café, ou seja, pequeno o suficiente para transplante.
O projeto conta com os mais recentes avanços na nanotecnologia e na geração de tecidos. O sistema envolve milhares de filtros em uma escala nanométrica que removeria as toxinas do sangue. Além disso, o dispositivo realizaria os papéis de equilíbrio metabólico e de água de um rim real.
Segundo os cientistas, esse aparelho pode ajudar a tratar milhares de pessoas com insuficiência renal no mundo inteiro, além de diminuir custos na área de saúde nos países. 
 


Stelarc, pseudônimo de Stelios Arcadiou é um artista performático australiano cujas obras concentram-se fortemente no futurismo e na extensão das capacidades do corpo humano. Como tal, a maioria de suas peças estão centradas em torno do conceito de que o corpo humano é obsoleto.

As performances idiossincráticas de Stelarc freqüentemente envolvem robótica ou outras tecnologias relativamente modernas integradas de algum modo com seu corpo. Em 25 diferentes performances, ele fez suspender-se através de ganchos, freqüentemente com uma de suas invenções robóticas integrada. Em outra performance, permitiu que seu corpo fosse controlado remotamente por estimuladores eletrônicos de músculos conectados à internet. Ele também já se apresentou com uma terceira mão robótica, um terceiro braço robótico, e dentro de uma máquina de andar pneumática semelhante a uma aranha com seis pernas, controlada através de gestos dos braços.


Uma das principais obras de Stelarc: implante uma terceira orelha no seu braço. A orelha foi criada através dos processos mais modernos de tecido humano cultivado em laboratório, e posteriormente implantado, de forma subcutânea, no braço de Sterlac. 


mais sobre Stelarc: www.stelarc.va.com.au
 

Cientistas dos Laboratórios Berkeley, Estados Unidos, desvendaram os segredos de um material de origem marinha que poderá se transformar na solução definitiva para a fabricação de ossos artificiais.
O material natural, que agora os cientistas aprenderam como fabricar, é quatro vezes mais forte do que os materiais hoje utilizados nos ossos sintéticos, utilizados em implantes e transplantes.
Embora ainda esteja nos estágios iniciais de pesquisa, variações da mesma substância poderão ter uma infinidade de outras aplicações, nas quais se exige leveza e resistência, como implantes dentais, fabricação de aviões e até peças de computador.
Os ossos artificiais atuais, infelizmente, são mais artificiais do que ossos. Feitos de ligas metálicas e cerâmicas, eles tendem a gerar inflamações e respostas imunológicas do organismo ou exigem cirurgias de manutenção. E aí que entra o novo material, que poderá gerar ossos sintéticos que se adaptem melhor às alterações das condições fisiológicas.
Na última edição da revista Science, os cientistas descrevem como fabricaram um material compósito que imita a intricada estrutura do nácar, ou madrepérola, um material produzido por ostras e outros moluscos. As características do nácar são analisados com interesse pelos cientistas há muitos anos, mas sua arquitetura de dimensões variáveis, indo de alguns micrômetros até meros nanômetros, é muito difícil de duplicar. Foi então que os pesquisadores pensaram na água do mar.
Quando a água do mar congela, os cristais de gelo formam camadas, enquanto que impurezas como o sal e microorganismos são expulsos desses cristais, ficando em uma espécie de canal entre os cristais. A estrutura resultante lembra o formato dos "andaimes" do nácar.
"Nós permitimos que a natureza guiasse o processo. A água do mar pode congelar na forma de um material em camadas, então, por que não utilizar essa propriedade para produzir cerâmicas que imitam o nácar," diz Antoni Tomsia, membro do grupo que desenvolveu o novo material.
Os cientistas fizeram uma solução de água com hidroxiapatita, um mineral componente dos ossos. Ao congelar a solução, como acontece na água do mar, a impureza - a hidroxiapatita - concentrou-se nos espaços entre os cristais de gelo, criando camadas e camadas de um material muito parecido com o nácar natural. Depois, foi só retirar a água, por meio de sublimação.
Eles descobriram também que, aumentando a velocidade do congelamento, a estrutura em camadas se reduz em escala. Eles já conseguiram produzir estruturas com apenas um micrômetro, ou um milionésimo de metro. O nácar natural mede meio micrômetro. "Nós estamos a meio micrômetro de imitar a natureza," brinca Tomsia.
No futuro, os cientistas esperam aprimorar a estrutura microscópica do material, para que ele possa auxiliar na regeneração dos ossos naturais. Para isso, o espaço entre suas camadas pode ser preenchido com um polímero orgânico que se degrada no período de algumas semanas, liberando antibióticos e medicamentos que estimulem o crescimento ósseo.

Fonte

Um telescópio em miniatura criado para ser implantado no olho foi aprovado para o uso nos Estados Unidos. O equipamento é destinado a pessoas com uma degeneração irreversível que cria um ponto cego na visão central de ambos os olhos (veja a aba "fotos" acima para entender melhor). As informações são do Daily Mail.
Segundo a reportagem, o telescópio substitui as lentes naturais dos olhos e é capaz de criar um "zoom" de aproximadamente três vezes. O equipamento, após aumentar as imagens, as projeta em uma área saudável da retina.
O implante só pode ser utilizado em um dos olhos, pois o outro é necessário para manter a visão periférica. Após a cirurgia, o paciente precisará de um tempo de reabilitação para "retreinar" o cérebro a combinar as imagens dos dois olhos.
O público alvo são pacientes com 75 anos ou mais e que sofrem da doença. Segundo a empresa, testes clínicos indicaram que 75% dos pacientes relataram uma melhora na capacidade da visão.
Segundo o órgão regulador americano (FDA), os pacientes talvez precisem de um transplante de córnea após a operação. A reportagem afirma que cada telescópio custa US$ 15 mil (R$ 26,47 mil), mas não há informações sobre o custo da operação e do tratamento de reabilitação.

Telescópio em miniatura custa US$ 15 mil (R$ 26,47 mil) Foto: Reprodução Telescópio em miniatura custa US$ 15 mil (R$ 26,47 mil)

O equipamento foi aprovado por órgão regulador para ser utilizado nos Estados Unidos  Foto: Divulgação
 

Minitelescópio implantável no olho ajuda pacientes com problemas de visão

Implantar um minitelescópio sobre o olho pode ser a solução para restaurar a visão de pacientes que sofrem de degeneração macular.
Medindo 4 milímetros de espessura e com ampliações de 2x ou 3x, o minitelescópio, em conjunto com a córnea, funciona como se fosse o sistema de zoom de uma câmera fotográfica.
Olho com zoom automático
A novidade foi divulgada na semana passada pela VisionCare, depois que a empresa recebeu autorização para fazer os primeiros testes em pacientes humanos. No decorrer do teste, o novo implante ocular será avaliado pelas autoridades de saúde dos Estados Unidos, que poderá liberar ou não sua comercialização, dependendo dos resultados. Não há prazo previsto para esta etapa.
O sistema de zoom óptico permite que a imagem no centro do campo visual seja dirigido para áreas saudáveis da retina central e periférica, evitando a área central do olho, que fica danificada nas pessoas acometidas por degeneração macular.
Só em um olho
Segundo a empresa, o implante do minitelescópio ajuda a reduzir o ponto cego no centro do campo de visão dos pacientes, melhorando sua capacidade de reconhecer imagens que são difíceis ou até mesmo impossíveis de serem visualizadas sem o aparelho.
O implante ocular do minitelescópio é feito por meio de uma cirurgia simples, do tipo ambulatorial. O equipamento foi projetado para ser instalado em apenas um dos olhos, garantindo a visão central. Enquanto isso, o outro olho fornece à pessoa a visão periférica, necessária para sua locomoção normal.

Implante de seda
Cientistas criaram um novo tipo de eletrodo para implantes cerebrais que praticamente se funde no lugar, adequando-se com perfeição à superfície irregular do cérebro.
Feito de uma mescla precisa de polímero, metal e seda, o implante ultrafino é menos invasivo do que os tradicionais eletrodos de agulha, praticamente não causando danos ao cérebro.
A parte de seda - ou fibroína, a proteína da qual a seda é feita - é projetada para dissolver-se depois que os eletrodos são implantados no cérebro, garantindo um perfeito contato e leituras mais precisas dos impulsos elétricos do cérebro.
Eletrodo cerebral
A tecnologia pode impulsionar o campo das interfaces cérebro-máquina e permitir a criação de dispositivos práticos para monitorar e controlar as convulsões epilépticas e até mesmo para transmitir sinais do cérebro para partes específicas do corpo, saltando partes danificadas por fraturas na coluna vertebral.
"Estes implantes têm o potencial para maximizar o contato entre os eletrodos e o tecido cerebral, minimizando os danos ao cérebro. Eles podem fornecer uma plataforma para uma grande variedade de dispositivos médicos, com aplicações na epilepsia, nas lesões da medula espinhal e outras desordens neurológicas," afirma o Dr. Walter Koroshetz, do Instituto Nacional de Desordens Neurológicas, dos Estados Unidos.
Os experimentos demonstraram que os implantes ultrafinos e flexíveis, recobertos de seda, captam a atividade cerebral mais fielmente do que os implantes mais grossos utilizados atualmente, mesmo quando utilizados em conjunto com o mesmo circuito eletrônico de suporte.
Eletrodos neurais
A primeira geração de eletrodos neurais, usados para gravação dos sinais cerebrais - e ainda a mais largamente utilizada - consiste em pequenas agulhas metálicas que penetram profundamente no tecido cerebral.
A segunda geração trouxe as chamadas matrizes de microeletrodos, constituídas por dezenas de eletrodos de fio semi-flexível. Embora menos invasivas, essas matrizes são essencialmente chips ultraminiaturizados, e a sua base de silício rígida não lhes permite conformar-se à superfície irregular do cérebro.
Já os novos eletrodos neurais à base de seda podem literalmente "abraçar" o cérebro, adaptando-se às ranhuras e se estendendo por suas superfícies arredondadas, colando-se como se fosse uma fita adesiva.
A flexibilidade também permite que eles se adaptem aos movimentos normais, ou até anormais, do cérebro no interior do crânio.
Seda, metal e plástico
Além de sua flexibilidade, a seda foi escolhida como material base dos eletrodos porque ela é resistente o suficiente para suportar a inserção das finas vias metálicas responsáveis por captar os sinais do cérebro e enviá-los para os equipamentos de processamento.
A seda também permite que os implantes sejam projetados para evitar reações inflamatórias e para dissolver-se em tempos predeterminados, que podem variar de quase imediatamente após o implante até anos mais tarde.
As matrizes de eletrodos de metal - com cerca de 500 micrômetros de espessura - podem ser impressas em camadas de poliimida (um tipo de plástico) e de seda e, a seguir, posicionadas sobre o cérebro.
A parte eletrônica do implante foi obtida com a colaboração da equipe do professor John Rogers, da Universidade de Illinois, que desenvolveu circuitos eletrônicos superflexíveis usados, por exemplo, em uma câmera digital que imita a retina humana.
Implante cerebral de seda é esperança na epilepsia e lesões da colunaEletrodos neurais implantados sobre o cérebro de um animal de laboratório (embaixo). A fibroína, a proteína da qual é constituída a seda, é absorvada pelos tecidos biológicos, permitindo que os eletrodos captem os sinais cerebrais com mais precisão.
Implantes cerebrais
Os implantes cerebrais foram testados sobre objetos de geometrias complexas e maleáveis e, finalmente, no cérebro de animais vivos anestesiados.
Os experimentos levaram ao desenvolvimento de uma matriz que tem como base uma malha de poliamida e seda que se dissolve assim que faz contato com o cérebro, permitindo que a matriz de eletrodos "abrace" fortemente o cérebro, captando os sinais de forma mais precisa do que os eletrodos muito mais grossos utilizados até hoje.
Agora que comprovaram o funcionamento da técnica, os pesquisadores planejam adensar os eletrodos sobre a base de seda e plástico, de forma a obter leituras dos sinais cerebrais com uma resolução mais elevada - os protótipos usados até agora são formados por 30 eletrodos em um padrão de 5x6.
"Também pode ser possível compactar os implantes de seda e enviá-los ao cérebro através de um catéter, em formatos definidos e já instrumentalizados com componentes eletrônicos de alto desempenho," vislumbra o Dr. Rogers.
Implante cerebral de seda é esperança na epilepsia e lesões da colunaAs matrizes de eletrodos de metal - com cerca de 500 micrômetros de espessura - podem ser impressas em camadas de poliimida (um tipo de plástico) e de seda e, a seguir, posicionadas sobre o cérebro.
Epilepsia e lesão na coluna
Em pacientes com epilepsia, as matrizes de eletrodos cerebrais podem ser usadas para detectar quando a crise epiléptica está começando, e enviar de volta ao cérebro pulsos elétricos que anulem os ataques.
Nas pessoas com lesões na coluna vertebral, a tecnologia tem potencial para ler diretamente no cérebro os sinais complexos que comandam os movimentos e encaminhar esses sinais diretamente para os músculos saudáveis ou para próteses, saltando a porção danificada.

Pesquisadores australianos apresentaram o protótipo de um olho biônico que está pronto para ser implantado no primeiro paciente humano.
A prótese ocular foi projetada para dar melhor qualidade de vida a pacientes com perda visual decorrente da retinite pigmentosa e da degeneração macular.
Olho biônico
O olho biônico, que até agora se encontrava em testes, consiste de uma câmera super miniaturizada e de um microchip implantado na retina do paciente.
A câmera, montada na estrutura de um par de óculos, capta a entrada visual, transformando-a em sinais elétricos que são enviados para o microchip.
O microchip, por sua vez, estimula diretamente os neurônios da retina que continuam saudáveis, apesar da enfermidade.
O implante permite que os pacientes ganhem uma visão em baixa resolução, devido ao pequeno número de células sadias da retina, e limitada pela quantidade de eletrodos da retina artificial.
Implante de retina
"Nós vislumbramos que este implante de retina dará aos pacientes uma maior mobilidade e independência, e que as futuras versões do implante acabarão por permitir que os usuários reconheçam rostos e leiam letras grandes," diz o professor Anthony Burkitt, membro da equipe responsável pela fabricação do olho biônico.
O objetivo dos pesquisadores é passar de algumas manchas de claridade pouco definidas para uma visão biônica verdadeira dentro de cinco anos.
Até lá, eles planejam contar com uma retina artificial implantada na parte posterior do olho, recebendo os sinais captados pelas câmeras por meio de conexões sem fios.
O olho biônico está sendo fabricado por uma empresa emergente criada pelos próprios pesquisadores, a Bionic Vision Australia, reunindo médicos, oftalmologistas, neurocientistas, engenheiros biomédicos e engenheiros eletricistas das universidades de Melbourne, Nova Gales do Sul e do Centro de Pesquisas dos Olhos, todos na Austrália.

Olho biônico com retina artificial está pronto para ser implantado

Se você não é do tipo que possui nervos de aço, talvez possa se consolar com ossos de aço - pelo menos se você precisar de algum implante no futuro.
Uma espécie de espuma metálica, fabricada por pesquisadores da Universidade do Estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, possui uma elasticidade similar à dos ossos naturais, o que pode significar o surgimento de uma nova geração de implantes biomédicos mais resistentes, mais leves e menos sujeitos à rejeição.
Módulo de elasticidade
Mais leve do que o alumínio, e podendo ser fabricada por combinações variáveis de aço e alumínio, a espuma metálica possui um "módulo de elasticidade" muito similar ao dos ossos humanos, o que lhe dá uma extraordinária capacidade de absorção de choques e impactos.
O módulo de elasticidade mede a capacidade de um material em deformar-se quando sofre uma pressão e depois retornar à sua forma original quando a pressão é removida.
A superfície áspera da espuma metálica também poderá ajudar no crescimento ósseo ao redor do material, melhorando a resistência do implante. E, sendo poroso, o material é mais leve do que os implantes atuais.
Stress shielding em implantes
"Quando um implante dentário ou ortopédico é colocado no corpo para substituir um osso ou uma parte de um osso, ele precisa lidar com as cargas da mesma forma como o osso ao seu redor," explica a professora Afsaneh Rabiei, especialista em materiais aeroespaciais.
"Se o módulo de elasticidade do implante for muito maior do que o do osso, o implante vai assumir a carga e o osso circundante começará a morrer. Isto causará o afrouxamento do implante, podendo levar à sua inutilização. Isto é conhecido como stress shielding. Quando isso acontece, o paciente vai precisar de uma cirurgia de revisão para substituir o implante. Nossa espuma pode ser o material perfeito para um implante à prova de stress shielding," prevê Rabiei.
O stress shielding, blindagem contra tensões, em tradução livre, é conhecido tecnicamente como remodelação óssea proximal adaptativa. Ele leva à redução da densidade de um osso (reabsorção óssea) devido à retirada da carga normal que incide sobre esse osso. Essa carga geralmente é retirada por um implante.
Rei titânio
O material mais utilizado em implantes hoje, o titânio, possui um módulo de elasticidade de 100 GPa (gigapascal), enquanto os ossos humanos têm módulos que variam entre 10 e 30 GPa, o mesmo da espuma metálica.
Antes, porém, que possa ser utilizado nos primeiros implantes, o novo material esponjoso deverá mostrar que é capaz também de superar o titânio em outros aspectos-chave, como a biocompatibilidade e a resistência à corrosão.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=ossos-de-aco&id=010160100302&ebol=sim

Nanocelulose
Pesquisadores suecos estão se preparando para construir partes do corpo humano - uma orelha, para começar - usando nanocelulose e uma mistura de células do próprio paciente, incluindo células de cartilagem e células-tronco.
O projeto está sendo coordenado pelo professor Jan-Olof Yxell, da Universidade de Chalmers, que já participou de uma outra pesquisa que utilizou a mesma celulose nanoestruturada - fibras de celulose com poucos nanômetros de comprimento - para construir vasos sanguíneos artificiais.
Biofabricação
O processo é chamado de biofabricação, uma vez que uma bactéria é utilizada para "tecer" as minúsculas fibras de celulose.
Neste caso, o processo é duplamente "bio", porque a celulose, que é biofabricada, é usada como uma estrutura de sustentação, onde as células do paciente podem ser cultivadas e crescerem para dar conformação final ao novo órgão.
A grande vantagem da biofabricação utilizando as células do próprio paciente é que o organismo não rejeita o órgão implantado.
Orelha artificial de celulose
A orelha artificial será construída de baixo para cima, começando com uma rede de nanocelulose tridimensional que será conformada mecanicamente para ser uma cópia exata, mas espelhada, da outra orelha do paciente.
A celulose é um material impressionante, sendo mais forte do que o aço e mais flexível do que o alumínio. Talvez seja por isso que a natureza não decidiu fazer árvores metálicas, já que ferro, carbono e alumínio são elementos largamente disponíveis na Terra.
Da mesma forma, o molde da orelha, feito de nanocelulose, terá estabilidade mecânica suficiente para ser usado como um biorreator, o que significa que a cartilagem e as células-tronco do próprio paciente poderão ser cultivadas diretamente no órgão artificial.
Segundo os pesquisadores, a possibilidade de uso da técnica se estende para órgãos já implantados, inclusive órgãos estruturais internos.
Neste caso, eles planejam implantar o molde de nanocelulose no paciente e depois cultivar as células já com a orelha artificial no lugar. A orelha será literalmente cultivada na cabeça do paciente.
Nanobiotecnologia
Contudo, embora os resultados tenham sido positivos para as veias artificiais, uma orelha, que deverá ser biologicamente estável para ficar em contato com o meio ambiente, e posteriormente vascularizada, é algo muito mais complicado.
"Ainda não sabemos se vai funcionar. É um projeto extremamente entusiasmador que reúne especialistas em análise de imagens, fabricação de protótipos, biomecânica, biopolímeros e biologia celular. Se conseguirmos, isto vai abrir um leque enorme de novas e excitantes áreas de utilização," diz o Dr. Yxell.
A celulose nanoestruturada é vista como um dos biopolímeros mais promissores para a fabricação de uma vasta gama de novos materiais, mais leves e mais resistentes do que os compósitos à base de petróleo. Por mesclar nanotecnologia, biologia e ciência dos materiais, esse campo de pesquisas é conhecido como nanobiotecnologia.
Outras tentativas de criar órgãos e partes do corpo humano artificiais incluem um sistema circulatório artificial e veias artificiais que poderão substituir a safena em operações do coração.

Ondas cerebrais conseguem digitar letras em número em computador da Mayo Clinic, nos Estados Unidos.
O estudo foi feito com pacientes que já possuíam chips implantados na superfície do cérebro, e servem de base para que pessoas com algum tipo de deficiência possam controlar objetos com a mente.
Os dois voluntários para a pesquisa sofrem de epilepsia e já haviam passado por uma cirurgia, que requer incisão no crânio, para implante dos chips com o objetivo de localizar a origem de suas crises.
Liderados pelo Dr. Jessy Shih, da Mayo Clinic, e Dr. Dean Krusienski, da Universidade do Norte da Flórida, os pesquisadores decidiram que estes dois pacientes seriam um modelo muito melhor para testar a interface homem-máquina. Isso porque o feedback dos eletrodos seria mais específico do que os dados coletados por chips colocados fora do cérebro.
O estudo consistia em sem sentar em frente a um computador que rodava um software desenhado para interpretar sinais elétricos vindo dos eletrodos. Os pacientes tiveram que olhar para a tela, que continua uma matriz com diversos quadrados, sendo que um único caractere (número ou letra) estava dentro de cada um deles.
Cada vez que um quadrado piscava, o paciente deveria fixar o olhar nele. O computador gravou as respostas cerebrais e, em seguida, os voluntários tiveram que focar em letras específicas para que, novamente, o software gravasse as informações.
O computador então calibrou o sistema com as ondas cerebrais de cada paciente e, quando o paciente olhou para uma letra ou número qualquer, o computador foi capaz de interpretar o sinal e o caractere surgia em uma nova tela. Segundo os pesquisadores, a precisão é de quase 100%.
As descobertas foram apresentadas no Encontro Anual da Sociedade Americana de Epilepsia 2009. O objetivo final é auxiliar pessoas com alguma deficiência a mover objetos – por exemplo, uma prótese de braço ou perna. A tecnologia exigiria uma operação no crânio para implante; além disso, o software teria que ser calibrado a cada indivíduo para cada movimento necessário.

Se a libido é um problema, a ciência e a tecnologia estão trazendo a solução: pesquisadores da universidade de Oxford, na Inglaterra, estão desenvolvendo um chip eletrônico que estimula o prazer dentro do cérebro.
A tecnologia, criada a partir de choques leves no cérebro, foi inicialmente utilizada para o tratamento do mal de Parkinson nos EUA, informa o jornal britânico "The Daily Mail".
Para desenvolvimento do "sex-chip", as pesquisas enfocam o córtex orbitofrontal, que fica atrás dos globos oculares, e é associado aos sentimentos de prazer causados por comida e sexo.
A pesquisa, conduzida pelo professor Morten Kringelbach, descobriu que o córtex orbitofrontal pode ser submetido a uma nova forma de estimulação para ajudar as pessoas com um distúrbio denominado anedonia --incapacidade de sentir prazer em diversas atividades.
"Há evidências de que o chip funcionará. Poucos anos atrás, cientistas implantaram um componente eletrônico externo, ligado ao cérebro de uma mulher com pouco interesse sexual, e ela se tornou sexualmente ativa. Ela não gostou da mudança brusca, então o chip foi removido do seu couro cabeludo", disse o professor Tipu Aziz, que também participa do estudo.
Mas o professor Aziz informa que o procedimento atual requer o implante do chip dentro do cérebro --e levará cerca de dez anos no seu desenvolvimento.
"Quando a tecnologia for lançada, poderemos usar essa estimulação cerebral leve em muitas áreas. Mas precisamos desenvolver melhor, com mais controle sobre o poder do chip, e com a capacidade de habilitar o chip para ligar ou desligar, quando necessário."
A preocupação científica com o tema não é recente: uma máquina eletrônica que cria estímulos sexuais já foi desenvolvida nos EUA, pelo médico Stuart Meloy. Denominada como Orgasmatron, a máquina estimulava a coluna vertebral.

Demonstração de modelo ocorreu nesta sexta (27) em Viena.
Protótipo é equipado com sensores nos dedos.


Foto: Reuters/Heinz-Peter Bader

Chefe de pesquisa e desenvolvimento da Otto Bock, uma fabricante de implantes austríaca apresenta o protótipo de um braço artificial controlado pelo cérebro em Viena nesta sexta-feira (27). O modelo, em estágio avançado de desenvolvimento, segundo a companhia, tem sensores nos dedos. O jovem de 21 anos que está testando o equipamento perdeu os dois braços em um acidente com eletricidade, em 2005.

http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1394665-5603,00.html

Gizmodo Brasil

Num futuro não muito distante, nós poderemos melhorar nosso corpo adicionando braços biônicos, ouvidos mais capazes, olhos mais precisos... não há limites! Mas o que você gostaria de implantar no seu corpo? É hora de criarmos o ser humano biônico.

Mande seu trabalho para contests@gizmodo.com e ventura@gizmodo.com.BR com Bionic Upgrades no assunto da mensagem. Salve os arquivos apenas como JPGs ou GIFs, e use a convenção NomeSobrenome.jpg, com o nome pelo qual você quer ser reconhecido. O prazo vai até terça-feira de manhã: o Giz americano vai escolher os três ganhadores e mostrar os melhores trabalhos na Galeria dos Campeões. E as imagens dos leitores do Giz Brasil terão destaque, então mãos à obra!

http://www.gizmodo.com.br/conteudo/quais-implantes-bionicos-voce-gostaria-de-ter

Fugindo um pouco do tema central desse blog... uma notícia sobre robótica (mas válido pois é referente a corpo e tecnologia). Aline Corso

Um projeto realizado no Reino Unido defende a ideia de que parte da estrutura molecular humana pode dar a robôs a capacidade de tomar decisões.

Nos testes realizados em laboratório, neurônios de rato foram inseridos em um autômato que passou a se movimentar de forma a desviar de obstáculos - habilidade que não foi programada mas aprendida pelo mini-cérebro. A próxima etapa envolve o uso tecido humano.

De acordo com um artigo publicado pela h+ Magazine, o professor Kevin Warwick e sua equipe no Departamento de Cibernética da University of Reading estão tentando desenvolver uma maneira de fundir estruturas moleculares humanas com computadores ou robôs.

Warwick disse que seu projeto é uma sequência de antigos estudos de inteligência artificial, onde, em teoria, poderia se criar uma estrutura de rede neural com tecido humano.

Um projeto como esse pode gerar um certo temor de uma "rebelião das máquinas" no público em geral, nos moldes dos filmes Matrix e Exterminador do Futuro. Questionado sobre essa possibilidade, o professor mostrou-se cauteloso: "precisamos aprender sobre todas as possibilidades para nos certificarmos de que nada de errado aconteça", afirmou.

"Se esta pesquisa é feita abertamente e é relatada de forma sensata na mídia de um modo geral, como esta está sendo, então nada de errado deve acontecer. Me preocupo diariamente em garantir que não haja nenhum tipo de estudo em curso que o mundo não conheça".

Warwick (que tem um dispositivo implantado no braço esquerdo que permite que seu sistema nervoso seja conectado a um computador) e seu colega, o professor Ben Whalley, criaram recentemente um robô que recebeu cerca de 300 mil neurônios de rato, cultivados em laboratório.

Os picos de atividade elétrica dos neurônios foram então conectados à saídas de sensores de distância do robô, que se mostrou capaz de se locomover sem encostar nas paredes, demonstrando que o organismo deu ao robô uma significante capacidade de tomada de decisões. O "senso direcional" do robô foi aprendido pelo pequeno cérebro e não previamente programado por software.

"Esta nova pesquisa é tremendamente excitante primeiramente pelo fato de o cérebro biológico controlar seu próprio corpo robótico móvel. Além disso, ela irá nos permitir investigar como o cérebro aprende e memoriza suas experiências. Esta pesquisa representa um avanço de nossa compreensão sobre como os cérebros funcionam, e poderia ter um efeito profundo em muitas áreas da ciência e da medicina.", disse Warwick.

Segundo um comunicado de imprensa divulgado no site da universidade, o cérebro biológico do robô é composto por neurônios que são colocados em uma matriz com 60 eletrodos encerrados em uma cápsula. Os eletrodos recebem os sinais elétricos gerados pelas células, que são então utilizados para direcionar o movimento do robô.

Cada vez que o robô se aproxima de um objeto, sensores enviam sinais para estimular o cérebro. Em resposta, a saída do cérebro é usada para acionar as rodas do robô, esquerda e direita, de modo que ele se mova evitando atingir objetos.

O robô não tem nenhum controle adicional de um humano ou um computador, o seu único meio de decisão é a partir do seu próprio cérebro.

Esse resultado é um passo importante para descobrir como as memórias criam estruturas neurais no cérebro, e como determinadas informações são armazenadas, além de um melhor entendimento quanto à doenças e distúrbios como Alzheimer, Parkinson, derrame e lesão cerebral.

O estudo dessas doenças, e não a criação de um robô humanizado, é a principal motivação de Warwik e equipe.

"Para qualquer ser humano, uma ação pode ser repetida até sentir-se que tal atitude está se tornando automática - bem, de fato, as conexões em seu cérebro estão reforçando de forma eficaz o processo de repetição em busca do movimento automático - com o cérebro de rato do robô realmente podemos olhar para estas ligações de reforço dia a dia sob o microscópio. É fascinante", completou Warwick.

Chips neurais

Os chamados "chips neurais" - implantes capazes de captar os sinais elétricos gerados pelo cérebro - estão sendo utilizados em várias interfaces cérebro-máquina, para o controle de robôs, equipamentos de auxílio ao movimento, como cadeiras de rodas, e em pesquisas mais avançadas para desvendar as causas de doenças neurológicas, como o Mal de Alzheimer.

O chip neural considerado como o mais avançado já apresentado até hoje é capaz de evoluir e aprender com o cérebro onde está implantado.

Reação do cérebro aos implantes

Para captar os sinais cerebrais, os eletrodos dos chips neurais devem ser inseridos diretamente no cérebro, em cirurgias altamente delicadas e invasivas. Por isso, quanto mais tempo eles durarem, melhor será a qualidade de vida do paciente, que não precisará passar por cirurgias sucessivas.

O problema é que o cérebro não aceita passivamente a inserção dos eletrodos. Assim que as pontas metálicas são implantadas, o cérebro começa a reagir, gerando inicialmente uma resposta inflamatória àquilo que é visto pelo organismo como um ferimento grave.

Após a inflamação, o cérebro passa a lidar com o ferimento de forma crônica. Se isso é ótimo para o organismo, é péssimo para o chip neural, que terá seus eletrodos encapsulados pelo tecido da cicatriz, que o impedirá de captar os sinais dos neurônios, interrompendo o funcionamento do chip.

Polímeros condutores

O que Mohammad Reza Abidian e seus colegas descobriram é que esse problema pode ser grandemente minimizado com a utilização de eletrodos biocompatíveis. Isso exige a utilização de polímeros, mas que necessariamente devem ser condutores elétricos, para que sejam capazes de captar os sinais elétricos dos neurônios.

A solução foi encontrada em um material conhecido como PEDOT - poli(3,4-etilenodioxitiofeno). O plástico condutor, que forma minúsculos nanotubos, foi utilizado para revestir os eletrodos metálicos. Além de torná-los biocompatíveis, o revestimento melhorou em mais de 30% a sensibilidade aos sinais cerebrais em relação aos eletrodos metálicos sem o revestimento.

Biossensor

Outra vantagem inesperada, descoberta quando os novos eletrodos biocompatíveis foram implantados no cérebro de cobaias, é que os sinais variam conforme o cérebro tenta defender-se da invasão.

Com isto, além de coletarem as informações dos neurônios, os eletrodos informam quando o cérebro passou de uma resposta aguda - a inflamação inicial - para a resposta crônica - quando o eletrodo é visto pelo cérebro unicamente como um ferimento em cicatrização.

O revestimento de PEDOT permite que os eletrodos operem com menor resistência elétrica do que os eletrodos metálicos, o que significa que eles podem comunicar-se mais claramente com os neurônios individuais.

"Os polímeros condutores são biocompatíveis e têm condutividade eletrônica e iônica," explica Abidian. "Desta forma, esses materiais são bons candidatos para aplicações biomédicas, como interfaces neurais, biossensores e sistemas de liberação contínua de medicamentos."

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=eletrodos-plasticos-chips-neurais-compativeis-cerebro&id=010165091022&ebol=sim

Próteses eletrônicas de retina

Pessoas cegas ou com sérios problemas visuais, sofrendo de condições degenerativas da retina, sentir-se-iam muito felizes se fossem capazes de reconquistar a mobilidade, andar sem auxílio, serem capazes de levar uma vida independente, reconhecer faces e ler novamente.

Esses desejos estão documentados em uma pesquisa feita na Europa há cerca de 10 anos. O objetivo da pesquisa era descobrir o que os pacientes esperavam do desenvolvimento das próteses eletrônicas de retina.

Hoje esses desejos parecem estar se tornando realidade, de acordo com uma série de apresentações feitas no simpósio internacional Visão Artificial, que aconteceu na semana passada em Bonn, na Alemanha.

Alta tecnologia para as pessoas

Os cientistas estão trabalhando no desenvolvimento de próteses para a retina há mais de 20 anos. As pesquisas têm sido conduzidas de forma particularmente intensivas na Alemanha, onde pacientes e cientistas têm trabalhado em conjunto para conseguir financiamentos governamentais para as pesquisas.

"Não queríamos alta tecnologia apenas para os programas espaciais e militares; finalmente estamos tendo alta tecnologia também para as pessoas," disse o professor Rolf Eckmiller, um especialista em neuroinformática da Universidade de Bonn e um dos pioneiros nesse campo.

Os investimentos e os esforços agora estão dando resultado: três dos quatro grupos que apresentaram progressos durante o evento são da Alemanha, que lidera claramente as pesquisas na área.

Retinas artificiais aproximam-se do uso prático

Reta final

Como as apresentações demonstraram, todas as próteses de retina já permitem impressões visuais, os assim chamados fosfenos. Pacientes que participaram de um estudo nos Estados Unidos foram capazes de distinguir claro e escuro, registrar o movimento e a presença de objetos grandes.

Além disso, relatos anteriores de um projeto que está sendo conduzido por um grupo de pesquisa liderada pelo professor Eberhart Zrenner, na Universidade de Tübingen, indicam que o reestabelecimento das habilidades visuais dos pacientes deficientes para a leitura não é apenas um sonho. Alguns pacientes já são capazes de ler letras se estas possuírem oito centímetros de altura.

"Estamos na reta final", explica o professor Peter Walter, diretor científico do simpósio. "Os estudos finais antes do lançamento no mercado já começaram ou estão com data marcada para começar," disse ele.

Esses testes têm como objetivo avaliar a longo prazo a tolerância do organismo humano aos implantes de retina e seus benefícios na vida cotidiana. Os pesquisadores esperam que os implantes sejam aprovados para uso médico em 2011.

Voltar a enxergar

Naturalmente, há um grande interesse dos pacientes nos novos produtos. "Em comparação com estudos realizados há dez anos, os pacientes têm uma ideia muito mais clara do que esperar das próteses de retina ", diz Helma Gusseck, coordenadora da Fundação de Implantes de Retina.

Gusseck, que também coordena a Fundação Pró-Retinas, sofre de retinite pigmentosa, uma condição degenerativa da retina que agora só a permite distinguir entre claro e escuro.

Para ela, os resultados da pesquisa são um alívio: "Você pode, por assim dizer, não se preocupar por estar cega, sabendo que em breve o sistema de transplantes estará pronto, e nós teremos uma opção".

Tipos de próteses da retina

E isto é apenas o começo. "O que estamos vendo são diferentes opções a seguir", diz Peter Walter.

Em um dos sistemas - o Implante Sub-Retinal - o chip é implantado sob uma camada de células nervosas da retina. Lá, da mesma forma que os fotorreceptores da retina, o chip recebe os impulsos de luz, convertendo-os em sinais elétricos e transmitindo-os para as células nervosas da retina.

Retinas artificiais aproximam-se do uso prático
Implante de retina que utiliza transmissão sem fios dos dados coletados pelos sensore.

A prótese de retina desenvolvida pela equipe do professor Zrenner em Tübingen e da equipe dos Estados Unidos, liderada por Joe Rizzo e Shawn Kelly, do Boston Implant Project, em Cambridge, Massachusetts, funcionam seguindo os mesmos princípios.

No caso do chamado Implante Epirretinal, o chip é fixado na porção superior das células nervosas. Lá, ele recebe dados de uma pequena câmera instalada nos óculos do paciente e os converte em impulsos para as células nervosas.

Este é o princípio utilizado por outras duas equipes de pesquisa alemãs para a construção de suas próteses de retina. Um dos sistemas (IRIS) foi desenvolvido pela empresa Bonn IMI, a outra (EPIRET3) por um consórcio de pesquisa que inclui cientistas da RWTH Aachen, do Instituto de Sistemas e Circuitos Microeletrônicos e médicos da Clínica de Olhos da Universidade de Aachen, liderada por Peter Walter.

Implantes oculares do futuro

Juntamente com todos estes sistemas, que diferem entre si de diversas formas, a próxima geração de próteses de retina já está sendo preparada em diversos laboratórios ao redor do mundo.

Engenheiros, especialistas em ciência da computação, biólogos e médicos estão reunindo seus conhecimentos para desenvolver novas estratégias para a ligação de dispositivos eletrônicos ao sistema nervoso.

Equipes de pesquisa na Suíça e no Japão, por exemplo, estão desenvolvendo métodos onde o chip não é mais implantado, permanecendo na derme que protege o olho. Apenas os eletrodos que estimulam as células nervosas da retina são inseridos no interior do olho, por meio de pequenas incisões.

Pesquisadores chineses estão desenvolvendo implantes que estimulam diretamente os nervos ópticos, em vez das células da retina.

E uma equipe norte-americana está tentando estimular o córtex visual diretamente no cérebro. No momento não se sabe quando esses sistemas estarão prontos para testes em pacientes, e mesmo se isso irá ocorrer. Até o momento, todos continuam em fase experimental.

Retinas artificiais aproximam-se do uso prático
Um dos vários tipos de implantes de retina que estão sendo avaliados pelos pesquisadores.

Melodia visual

Foram mostrados projetos muito interessantes de utilização de outros sinais de comunicação entre as células nervosas. Cientistas australianos e norte-americanos estão trabalhando em próteses de retina que produzem impulsos bioquímicos, em vez de impulsos elétricos.

A ideia é que a prótese de retina libere neurotransmissores seguindo padrões controlados espacial e temporalmente, e desta forma estimulem as células nervosas.

A questão que permanece é se as próteses de retina serão de fato capazes de registrar formas, como Rolf Eckmiller espera. "Para fazer isso vamos precisar de uma prótese que seja capaz de entender e produzir um tipo de padrão de impulsos, uma "melodia", que possa ser reconhecida pelo cérebro como uma forma específica, um copo, por exemplo."

Eckmiller está convencido de que o complexo sistema de visão central - que ocupa um terço do córtex cerebral - só consegue registrar uma forma se a "melodia" certa for transmitida por um número suficientemente grande de células.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=retinas-artificiais-aproximam-se-uso-pratico&id=010110091023&ebol=sim

Implantes inteligentes

Num futuro próximo, dispositivos médicos implantados no corpo humano - marcapassos, por exemplo - usarão as tecnologias de radiofrequência - ou comunicações sem fios - para aprimorar o atendimento aos pacientes e o acompanhamento de sua saúde.

Um sistema bidirecional de comunicação sem fios, de baixa potência, ligando o dispositivo implantado a um sistema de monitoramento remoto, poderá fornecer dados do paciente em tempo real, permitindo que os médicos ajustem o tratamento imediatamente, caso seja necessário, ou acionem o serviço de emergência antes mesmo que o paciente perceba que algo está acontecendo.

Os implantes também poderão enviar os dados para o médico durante a noite, quando o paciente está dormindo, seja pelo telefone ou pela Internet, alimentando os bancos de dados e a atualizando a sua ficha médica de forma automática.

Antenas implantáveis no corpo humano

Embora haja desafios e aprimoramentos a fazer para viabilizar toda esta tecnologia, nenhuma dessas visões sequer começará a funcionar aquilo que pode parecer a parte mais simples de todo o aparato: as antenas.

É por isto que os pesquisadores estão priorizando o desenvolvimento dessas microantenas que serão utilizadas nesses equipamentos de monitoramento da saúde em tempo integral.

Essas antenas precisam ser pequenas, leves e terem alto desempenho. Mas também precisam ser de baixa potência, dirigir um mínimo de radiação para o usuário e serem totalmente incorporadas nos implantes. Elas também precisam ser fabricadas com materiais biocompatíveis, mas com boa condutividade elétrica.

Antenas onidirecionais

E tudo isto precisa ser testado. O desafio é que testar antenas elétricas muito pequenas não é algo simples - elas induzem correntes de modo comum (assimétricas) sobre os cabos coaxiais usados para medir seu desempenho, distorcendo os resultados. Com isto, os engenheiros nunca sabem se têm a antena com o melhor equilíbrio possível de todas as características exigidas.

Felizmente, o problema acaba de ser solucionado por pesquisadores do Laboratório Nacional de Física da Inglaterra, que descobriram como avaliar as pequenas antenas elétricas sem interferir com o seu funcionamento.

Ligando as antenas onidirecionais a uma fibra óptica, em vez de a um cabo coaxial, os pesquisadores foram capazes de remover os efeitos das reflexões do cabo e, mais importante, eliminar a corrente de modo comum que interferia nas medições.

Tecnologias implantáveis miniaturizadas

A descoberta foi utilizada para desenvolver uma antena RFID, de baixa potência, incorporada em um sistema de três camadas, projetado para replicar a estrutura da pele, da gordura e dos músculos do corpo humano.

"Esta descoberta poderá ajudar no desenvolvimento da próxima geração de tecnologias implantáveis miniaturizadas, projetadas para salvar ainda mais vidas [do que os implantes atuais]," comentou o professor Martin Alexander, responsável pela descoberta da nova forma de aferição das "antenas corporais."

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=antenas-interior-corpo-humano-vao-monitorar-saude-continuamente&id=010110091016&ebol=sim