Projeto iniciou diversos trabalhos científicos e deu ao paciente as sensações de uma mão biológica.


Cientistas europeus apresentaram uma mão biônica que pode ser controlada por pensamentos. O membro artificial devolveu sensações e movimentos a Pierpaolo Petruzziello, um brasileiro de 27 anos que perdeu o antebraço em um acidente de carro.
Segundo o Crave, blog de gadgets do portal CNET News, pesquisadores da Universitá Campus Bio-Medico Di Roma anunciaram nesta quarta-feira que o implante da mão biônica, feito em novembro de 2008, foi bem-sucedido.

Pierpaolo Petruzziello exibe a mão biônica durante uma Conferência de Imprensa, em Roma. (Créditos: Associated Press).

Pierpaolo Petruzziello exibe a mão biônica durante uma Conferência de Imprensa, em Roma. (Créditos: Associated Press).
Desenvolvida nos laboratórios de bioengenharia Polo Sant’Anna Valdera da Universidade Scuola Superiore Sant’Anna, a mão robótica foi anexada cirurgicamente ao sistema nervoso de Petruzziello por meio de eletrodos implantados na parte restante de seu braço esquerdo.
De acordo com um comunicado da Associated Press, mesmo sem o acoplamento da mão ao braço, a prótese se tornou efetivamente uma extensão de seu corpo e o paciente precisou de apenas alguns dias para começar a usar o novo dispositivo.
Durante os testes, usando impulsos elétricos vindos do cérebro, captados pelos eletrodos, Petruzziello foi capaz de experimentar sensações de toque ao pegar e agarrar objetos e movimentar o pulso.
“É uma questão de espírito, de concentração”, disse Petruzziello. “Quando você pensa nisso como a sua mão e antebraço, tudo se torna mais fácil.”

Pierpaolo Petruzziello ainda durante os testes na Universitá Campus Bio-Medico Di Roma. (Créditos: Universitá Campus Bio-Medico)

Paolo Maria Rossini, chefe de neurologia do projeto denominado LifeHand, afirmou que as respostas da mão aos comandos enviados pelo cérebro do paciente foram eficientes em 95% das vezes.
“Senti quase o mesmo que uma mão real. Eles me estimularam muito, inclusive com agulhas … vocês não podem imaginar o que eles fizeram comigo”, disse Petruzziello ao brincar com os repórteres.
Todavia, ao contrário do que diz o comunicado, Petruzziello é brasileiro e não italiano, e é assessor parlamentar da Câmara Municipal de Curitiba.
A pesquisa, que foi financiada pela União Européia e custou mais de R$ 5 milhões, levou cinco anos para ser concluída e produziu diversos trabalhos científicos, alguns deles publicados em artigos de revistas importantes do mundo científico.

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