A empresa Ossur apresentou uma nova geração de prótese de joelho que incorpora avanços tecnológicos de última geração, o que a torna a primeira prótese disponível a se aproximar dos conceitos de biônica até agora somente vistos nos filmes de ficção científica.
Prótese com andar natural
Projetada para pessoas que tiveram a perna amputada acima do joelho, a prótese incorpora alimentação própria, sensores, atuadores e um computador rodando um programa de inteligência artificial que permite que os pacientes caminhem naturalmente e em segurança.
Ao contrário das próteses tradicionais, onde o paciente deve se adaptar ao aparelho, a nova prótese Power Knee permite um andar totalmente natural, segundo depoimento do primeiro paciente a recebê-la.
"É mais ou menos como se estivesse dirigindo um caminhão e agora alguém me deu um carro esportivo," disse Greg Gadson, que perdeu a perna na Guerra do Iraque.
Segundo a empresa, a prótese inteligente restaura a função muscular perdida e permite que os pacientes desempenhem todas as atividades normais do dia-a-dia sem precisar pensar e calcular seu próximo movimento.
Músculos biônicos
Assim que a prótese detecta o contato com o solo, o que é feito automaticamente por meio de sensores, ela libera o movimento em qualquer ângulo de flexão, transmitindo a sensação de total estabilidade. Sensores adicionais de torque garantem que o movimento não ficará travado ou que seja exagerado, permitindo um ritmo natural de andar.
O complexo conjunto de sensores garante que os atuadores da prótese -, os equipamentos que de fato executam o trabalho, algo como os "músculos biônicos" - serão sempre acionados na medida certa. Isso é essencial em situações comuns no dia-a-dia, mas que são extremamente complicados de se controlar mecanicamente, como subir e descer escadas e se sentar e levantar.
Cérebro da prótese
Entre os conjuntos de sensores e atuadores está o "cérebro" da prótese, um programa de inteligência artificial que analisa continuamente a interação entre o equipamento e o paciente.
O programa foi desenvolvido para privilegiar a segurança e a estabilidade da prótese. E, como todo programa de inteligência artificial, ele aprende com o uso, adaptando-se às situações e aprendendo a lidar com os novos movimentos.
A prótese biônica está em fase de pré-comercialização e continuará em testes avançados, devendo estar disponível comercialmente a partir de 2010. A empresa não divulgou preços.


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