Quando se pensa em mãos robóticas, logo vêm à mente os superprecisos motores de passo ou os ultraminiaturizados motores piezoelétricos, capazes de oferecer uma precisão imbatível.
O problema é que, logo a seguir, vêm à mente também as dificuldades técnicas para montar as múltiplas juntas e coordenar os movimentos dos motores, além do elevado preço que a mão robótica certamente custará.
Robô a ar comprimido
Os pesquisadores da Universidade da Virginia, nos Estados Unidos, adotaram um enfoque bem mais simples, e nem por isso menos eficiente ou menos preciso - eles construíram uma mão robótica acionada por ar comprimido.
A mão robótica foi batizada de Raphael (Robotic Air Powered Hand with Elastic Ligaments - mão robótica alimentada a ar com ligamentos elásticos)
Em vez de ser mais rústica, e justamente por ser movida a ar comprimido, a mão robótica alcançou uma funcionalidade imbatível: ela tem a força suficiente para segurar objetos pesados e a precisão necessária para segurar objetos extremamente delicados.
Mão para robô humanóide
Um compressor de ar de 60 psi envia o ar comprimido para um sistema de tubos que funciona como atuador. Um microcontrolador comanda a liberação de ar para cada um dos dedos da mão robótica.
"Esse design a ar comprimido é o que torna essa mão robótica única, já que ela dispensa o uso de motores e outros atuadores," afirma Dennis Hong, diretor do laboratório Romela, onde Raphael foi criada. "A força de agarramento pode ser facilmente ajustada simplesmente mudando a pressão do ar."
A mão robótica será utilizada em um projeto maior, de um robô humanóide chamado Charli (Cognitive Humanoid Robot with Learning Intelligence - robô humanóide cognitivo com capacidade de aprendizado). Os pesquisadores esperam ter o Charli pronto a tempo de participar da RoboCup 2010.

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